Autoengano: a armadilha de mentir para si mesmo
O Autoengano, o processo de mentir para si mesmo mais ou menos conscientemente, é uma forma de autossabotagem particularmente sutil que reflete a tendência da mente para proteger a nossa integridade.
Este mecanismo de defesa está subjacente a uma série de erros de avaliação que se manifestam:
1. Viés de confirmação – A busca de elementos que confirmem as coisas em que acreditamos, negligenciando muitos outros que poderiam mudar radicalmente a nossa percepção da realidade.
2. Viés de impacto – A tendência de superestimar, para o bem ou para o mal, os impactos que os acontecimentos terão em nossas vidas.
3. Afeto do viés heurístico – O que queremos num determinado momento tende a influenciar a nossa interpretação do mundo que nos rodeia.
4. Viés de falácia do jogador – A ideia de que nosso passado pode afetar nosso futuro.
5. Viés do efeito Halo – A avaliação das pessoas/coisas com base em alguns elementos, apenas para então generalizar o julgamento para a sua totalidade.
6. Viés egoísta – Um estilo atributivo para o qual os sucessos dependem de nossas habilidades pessoais e os fracassos de fatores externos, como azar ou acaso.
Mentindo sabendo que você está mentindo
“O ego engana a si mesmo quando faz o princípio do prazer prevalecer sobre o princípio da realidade.”
(Sigmund Freud)
O autoengano consciente trata-se de mentir para si mesmo sabendo que você está mentindo.
Acontece sempre que justificamos a falta de compromisso ou a falta de realização dos nossos objetivos. Falamos de “baile” para legitimar nossas fraquezas e esconder de nós mesmos verdades que são inconvenientes demais para serem aceitas.
O hábito de contar mentiras uns aos outros, com o passar do tempo gera uma série de falsas crenças que para a nossa consciência se tornam uma verdade absoluta.